Veja as empresas que defenderam a redução do consumo de carne
Spoleto se desculpa por defender redução do consumo de carne
“Há 23 anos, o Spoleto democratiza a boa culinária no Brasil para todas as pessoas, gostos e paladares. Servimos mais de 18 milhões de refeições por ano em todo o país para brasileiros com diferentes hábitos e preferências alimentares, prezando pela pluralidade que sempre fez parte da nossa história e nos possibilita conectar diferentes produtores rurais a milhares de clientes de todo o país.
De parceiros a fornecedores, estamos conectados com o Agronegócio nacional há mais de duas décadas. Parceria que nos dá orgulho por nos possibilitar empregar mais de 5,5 mil colaboradores em nossos restaurantes e garantir os melhores alimentos à mesa do povo brasileiro, dentre eles o carro chefe da nossa fábrica, o delicioso molho bolonhesa, feito de carne produzida em território nacional.
Não somos inimigos de nenhum ramo, o setor do Spoleto é apenas um, dos brasileiros. Somos suscetíveis a erros, mas temos o compromisso de reagir e corrigir rapidamente. Reconhecemos que falhamos em nossa comunicação, e se algum cliente, profissional ou empresa se sentiu desprestigiado, pedimos desculpas.
Agradecemos aos nossos parceiros fornecedores, que seguem fortalecendo seus negócios lado a lado com o Spoleto e, acima de tudo, aos nossos clientes que confiam em nossos restaurantes para se alimentarem bem diariamente.” destacou em seu perfil no instagram o Spoleto.
A publicação que casou a indignação do setor pecuário do Brasil dizia que: “Com um dia sem carne, você economiza: 3,4 mil litros de água; 14 kg de Co2 na atmosfera; 24 m² de terras desmatadas”. Assim como o Bradesco, o Spoleto retirou a peça publicitária do ar e divulgou uma mensagem, também no Instagram, se desculpando pelo episódio.
No caso do Bradesco os pecuaristas do Brasil fizeram campanha pelo fechamento de suas contas no Branco Bradesco. A peleja começou após a divulgação de propaganda veiculada nas redes sociais em nome do Banco Bradesco com o título: “CARBONO NEUTRO”.
As imagens que desencadearam a reação negativa mostraram três influenciadoras digitais defendendo a redução do consumo de carne. O trio deu dicas sobre como fazer isso, incluindo aderir à “Segunda-feira sem Carne”.
Outra empresa que apostou na redução do consumo de carne foi a cervejaria Heineken em 2021 declarando apoio ao Dia Mundial Sem Carne. Que após a manifestação de alguns internautas e com apoio de entidades do setor pecuário as críticas à empresa, decidiram lançar a campanha #ChurrascoSemHeineken.
Por meio de nota, a Heineken disse que a post apoiando o Dia Mundial Sem Carne tinha a intenção de mostrar ao público que a cerveja também atende aos veganos. A empresa reforçou que a mensagem não significa a desvalorização de qualquer setor da economia.
“A empresa mostra total desrespeito de desconsideração à pecuária brasileira, que é motivo de orgulho por ser a primeira pecuária comercial do mundo. A Febrac sugere que os pecuaristas façam o mesmo o instituam o “Churrasco sem Heineken”, diz nota divulgada pela entidade em março de 2021 frente ao episódio.
Em 2020 a a Natura também fez campanha publicitária relacionando a Segunda sem carne ao desmatamento da Amazônia para ganhar mais adeptos. O tema da campanha promovida pela empresa foi: “SEGUNDA SEM CARNE: UMA PEQUENA ATITUDE PODE GERAR UM GRANDE IMPACTO“. Só esqueceram de levar em conta o impacto negativo que essa campanha traz para o setor produtivo que mantém a economia do país. “Um desrespeito ao setor produtivo do Brasil, a NATURA faz um papelão.” destacou a ABPA em carta assinada por seu presidente, Francisco Turra, na epóca.
Segundo a Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB), a Segunda Sem Carne surgiu em 2003, nos Estados Unidos, e hoje já está presente em mais de 40 países. No entanto, é no Brasil que ela tem gerado mais impacto. A campanha brasileira é considerada a maior do mundo e contempla mais de 100 municípios, com o apoio de instituições públicas e grandes empresas, beneficiando mais de três milhões de pessoas em todo o Brasil.
Fonte: Compre rural, blog farmfor, canal rural, ciclo vivo e revista menu.