Único moinho do Amazonas integra cadeia do trigo na região Norte do Brasil
A implantação da Indústria Moageira, filial do Grupo Ocrim, em Manaus, traz benefícios para seu entorno e mostra como é possível a integração da cultura do trigo na região Norte do Brasil
A cidade de Manaus, capital do Amazonas, conta com o único moinho de trigo no estado. Pertencente à Indústria Moageira, filial do Grupo Ocrim, o moinho vem desde 1960 contribuindo com o desenvolvimento econômico e na geração de empregos para a região.
O moinho produz na unidade a sua linha de farinhas de trigo Trigolar. De acordo com o Gerente Geral do Moinho de Manaus, José Cunha de Melo, a empresa sempre priorizou a qualidade das farinhas, bem como o relacionamento com os clientes da filial, em especial com os do interior do estado, por meio de visitas in loco aos clientes dos rios amazônicos Solimões, Negro, Amazonas, Madeira e Juruá. “Desde sua fundação, nunca medimos esforços para agradecer pessoalmente a preferência, evidenciando o total respeito e atenção aos clientes”, conta.
Melo destaca que é grande o envolvimento da comunidade com o moinho em Manaus, pois a unidade traz muitos benefícios para o seu entorno. “A relação da filial com a comunidade é bastante amistosa. Além de 154 empregos diretos e 77 indiretos, realizamos mensalmente doação de produtos alimentícios ao Educandário Gustavo Capanema, instituição filantrópica voltada ao atendimento de crianças do bairro”, informa.
Moinho e porto de Manaus atenuam dificuldades logísticas
O trabalho feito para a melhoria da logística do único moinho de Manaus envolve o recebimento sistemático de navios de outros países. De acordo com José Cunha de Melo, o trigo em grão usado no moinho é importado basicamente da Argentina e dos Estados Unidos e transportado por navios graneleiros. “O processo de descarga é efetuado através de guindaste e Grab, por meio dos quais o trigo é colocado na moega e em seguida transportado através de equipamentos para os silos de armazenagem. Em média são recebidos seis navios por ano”, afirma Melo.
No mês de setembro, foram enviados diretamente do Porto de Manaus 1.022.000 kg de produtos vendidos para clientes do interior do estado do Amazonas, transportados via fluvial através de barcos e balsas.
Moinho conta com alta tecnologia
A tecnologia empregada na fábrica dos produtos do Grupo Ocrim em Manaus propicia o desenvolvimento de novos produtos, abre oportunidades para fornecedores logísticos locais, segue regras rígidas da Receita Federal e se ajusta à demanda do mercado em termos de excelência em produção.
José Cunha de Melo conta que o moinho de Manaus atualmente é controlado por um sistema supervisório, que avalia o andamento do processo produtivo e auxilia na tomada de ações para otimizar os procedimentos. O sistema faz as receitas para funcionamento e monitoramento de cada etapa, seja recepção de trigo, transilagem (aeração do silo), preparação, limpeza, moagem e envase. “São realizadas análises em todas as etapas do processo pelo Controle de Qualidade, garantindo os parâmetros estabelecidos através da utilização de instrumentos e equipamentos de avançada tecnologia”, descreve.
De acordo com ele, na preparação, o Grupo Ocrim dispõe de equipamentos de alta tecnologia com sistema de visão utilizado na seleção dos grãos de trigo e monitoramento da umidade do trigo em fluxo constante para melhor assertividade em sua umidificação. “Na moagem dispomos de purificador de sêmola com sassores (espécie de peneiras) que proporciona produtos de alta qualidade, banco de cilindros modernos e eficientes, sistema de dosagem de coadjuvantes de panificação, ferro e ácido ascórbico, integrado à balança de fluxo, que garante a dosagem correta, além de transporte pneumático dos produtos que proporciona melhor qualidade dos produtos finais”, detalha.
Melo finaliza contando que os principais projetos para o futuro do moinho de Manaus desenvolvidos pelo Grupo Ocrim contemplam a aquisição de silos para farelo visando aumentar a autonomia na moagem e a montagem de porta paletes dinâmicos com 600 posições para armazenamento de farinhas, garantindo o FIFO (First in First out) e aumentando a capacidade de estoque dos produtos.
Histórico
O estabelecimento do moinho na capital amazonense foi possível pela iniciativa de Vittorio di San Marzano, ex-presidente do Grupo Ocrim. Sete anos antes da criação da Zona Franca de Manaus em 1957, a convite do então Governador do Estado, Gilberto Mestrinho, os acionistas e dirigentes do Grupo Ocrim decidiram implantar o primeiro – e até hoje único – moinho de trigo no estado do Amazonas.
Na cidade de Manaus foi constituída, então, em 16 de fevereiro de 1960 a Indústria Moageira de Trigo Amazonas S. A., que desde então contribuindo com o desenvolvimento econômico e na geração de emprego no estado.
No dia 31 de março de 2001, a Indústria Moageira tornou-se filial do Grupo Ocrim através de operação de incorporação, preservando-se, porém, sua logomarca “Trigolar” em função da credibilidade conquistada junto aos clientes no decorrer das décadas.
Vittorio di San Marzano, ex-presidente do Grupo Ocrim, em novembro de 2002, recebeu do Governo do Estado concedeu o Título de Cidadão Benemérito do Amazonas pelos serviços prestados.
Sobre a Ocrim
Tradição e qualidade são pilares do Grupo Ocrim, indústria de farinha de trigo, produtos para panificação, confeitaria e uso doméstico, além de massas, biscoitos e ração animal. Com 71 anos de história e pioneira na região Norte, detém oito marcas e é uma das principais empresas de moagem de trigo do Brasil.
Sólida, dinâmica e correta com o meio ambiente, tem moinhos em São Paulo (SP), Belém (PA) e Manaus (AM), uma fábrica de massas e biscoitos em Ananindeua (PA) e uma fábrica de ração em Manaus. A rigorosa cadeia produtiva garante a excelência do portfólio, composto pelas farinhas Mirella, Trigolar, Ambra e Amorati, biscoitos Trigolino e Zalppi, massas Ricosa, Trigolino, Ambra, Amorati e rações Family Plus.