Acre, a nova fronteira do agronegócio
Por: Wesley Moraes
O governador do Estado do Acre, Gladson Cameli, está entusiasmado com o futuro grandioso que aguarda o Acre no agronegócio. Ao conhecer o sucesso, a curto prazo, de uma mega fazenda de soja no município rondoniense de Cujubim (distante 225 quilômetros de Porto Velho), Cameli reafirmou o compromisso de transformar o estado em um grande celeiro na produção de alimentos.
Com a abertura definitiva do estado para a produção rural em larga escala, Gladson Cameli quer colocar o Acre, de uma vez por todas, na rota do desenvolvimento. Segurança jurídica, fim de entraves burocráticos, boa infraestrutura e linhas de créditos são as garantias oferecidas, de imediato, para atrair os investidores interessados a se instalarem no estado.
“O que depender do Governo do Acre, o agronegócio já deu certo. Acabou o tempo em que o homem do campo recebia multas absurdas por querer plantar. Não iremos permitir que isso aconteça mais, pelo contrário, temos que dar incentivos para plantar muito mais”, pontuou o governador.
O vice-governador de Rondônia, José Jordan (PSL), liderou a comitiva de empresários, parlamentares, autoridades rondonienses e acreanas, com o governador Gladson Cameli, durante visita à fazenda Céu Azul.
Jordan parabenizou a ousadia do gestor acreano em apostar no agronegócio e disse que o estado vizinho é parceiro do Acre. “Fico feliz e entusiasmado com a visita do governador Gladson Cameli aqui em Rondônia. Isso demonstra que ele está realmente comprometido com o futuro do Acre. Somos exemplo de que o agronegócio é uma excelente saída econômica para o desenvolvimento”, frisou.
Na fazenda Céu Azul, Gladson conheceu a gigantesca plantação de 3,3 mil hectares. Além disso, especialistas em agricultura do grupo Amaggi apresentaram as novidades tecnológicas para a cadeia do cultivo da soja, ao chefe do Executivo acreano.
Acre, a nova fronteira do agronegócio
Com a visão arrojada e de futuro do governador Gladson Cameli, o Acre tem forte potencial para ser a nova fronteira do agronegócio no Brasil, porque uma série de fatores sopra junto aos ventos que empurram a economia local para frente, rumo ao sucesso, nos próximos anos.
O estado possui terras férteis e de boa qualidade para a plantação de diversas culturas, o clima é quente e úmido, há chuva em abundância e o solo é plano, fatores essenciais para o desenvolvimento da agricultura e da pecuária.
Com a crescente demanda por alimentos, o Acre aparece no gigante mercado do agronegócio num momento estratégico, uma oportunidade que o governador Gladson Cameli abraçou e faz um esforço pessoal para que a economia acreana seja transformada, radicalmente, para melhor.
“Não queremos tirar investimentos de Rondônia. Queremos ser parceiros e copiar a forma de desenvolvimento que deu certo aqui. A salvação econômica do Acre está no agronegócio. Vamos dar todas as oportunidades para quem quiser investir e a segurança jurídica necessária para deixar o produtor rural trabalhar. Não podemos mais impedir que a geração de emprego e renda se esbarre na burocracia”, enfatizou.
O governo já garantiu a infraestrutura necessária para o escoamento da produção. Somente na manutenção e conservação de estradas e ramais, serão investidos R$ 95 milhões, este ano. Com trafegabilidade assegurada durante o ano inteiro, o homem do campo tem a segurança que a produção não será perdida.
Rondônia, o novo fenômeno da soja
Há pouco mais de dez anos, Rondônia dava os primeiros passos para a implantação da cultura da soja. O começo tímido foi ganhando força, com o passar do tempo e, atualmente, o estado vizinho é o maior produtor do grão na região Norte.
Na safra 2016/2017, a produção rondoniense de soja bateu recorde. Foram mais de 908 mil toneladas. A produtividade de Rondônia está acima da média regional. Enquanto o estado produz, em média, 3.143 quilos por hectare, a média da região Norte foi de 3.042 quilos por hectare.
Junto com o café, o grão é o principal produto agrícola de Rondônia. Já são aproximadamente 304 mil hectares, divididos em mais de 1,2 mil propriedades rurais destinados à sojicultora, o equivalente a apenas 5% do total de área degradada no estado.
Produzir sem derrubar a floresta
O Acre está localizado no coração da maior floresta tropical do mundo, a Amazônia. Com 87% da área total preservada, o estado figura entre as unidades da federação que mais protegem sua cobertura vegetal.
Mesmo diante da sinalização para o agronegócio, o cuidado com a floresta continua. Segundo o governador Gladson Cameli, as áreas que já estão abertas serão utilizadas para o plantio de novas culturas. Mas a partir de agora, os entraves burocráticos não vão mais atrapalhar o homem do campo.
“Não precisa derrubar nenhuma árvore. Temos muitas áreas abertas totalmente improdutivas em nosso estado. São essas terras que serão utilizadas pelo agronegócio. Basta respeitar o novo Código Florestal. Da nossa parte, vamos desburocratizar tudo aquilo que atrapalha quem quiser produzir”, pontuou Cameli.
A tecnologia é outra aliada para manter a floresta de pé. Com a utilização de técnicas modernas, é possível produzir mais em espaços cada vez menores, principalmente, em áreas degradadas.
A plantação de soja que já deu certo no Acre
Jorge Moura é empresário e produtor rural desde 1982. Proprietário de três fazendas, no Acre, foi em uma delas, a Boa Esperança, na zona rural do município de Capixaba, que Moura decidiu apostar na soja. De um plantio experimental de apenas 40 hectares, em 2017, para uma mega plantação de 700 hectares, no fim do ano passado.
O motivo para o grande salto está na confiança de Jorge Moura ao novo modelo econômico que o Acre pretende seguir pelos próximos anos. A ideia é que o setor privado seja cada vez mais forte, aliado aos investimentos necessários, sobretudo em infraestrutura, e com a segurança jurídica garantida pelo governo estadual.
A soja plantada em novembro do ano passado vai ser colhida por modernas máquinas no próximo mês de abril. Ao todo, o empresário fez um arrojado investimento superior a R$ 3 milhões de reais, somente com maquinário pesado. Essa é uma prova de que o empresário está otimista com o futuro promissor do estado.
A expectativa do fazendeiro é que a produção, que já está toda vendida, alcance 2,5 mil toneladas de soja. Animado, Jorge Moura recebeu a confirmação de técnicos agrícolas que a soja acreana é altamente produtiva.
Para efeito de comparação, no Mato Grosso, maior produtor da cultura no país, um hectare produz, em média, 60 sacos de soja. No Acre, a mesma proporção de terra pode alcançar de 65 a 70 sacos do grão.
“O Acre tem uma das melhores terras do Brasil. Alguns anos atrás, o produtor rural não era visto com bons olhos, mas a gente só quer produzir o alimento que é colocado na mesa de quem vive na cidade. Estamos confiantes e otimistas com o novo governo. Vocês verão como será o Acre daqui para frente”, ressalta Jorge Moura.
A abertura do Acre para o desenvolvimento, o fortalecimento do agronegócio, a geração e distribuição de renda são prioridades de Gladson Cameli. Recentemente, o mega plantio recebeu a visita do governador, do vice-governador, Major Rocha e de uma comitiva de empresários.
Ao conhecer os campos de soja, Gladson Cameli lembrou do empenho, ainda quando era parlamentar, de apresentar o Acre como a nova fronteira para o agronegócio. O clima e as terras planas já mencionados, além da proximidade com o porto graneleiro de Porto Velho (RO) colocam o estado em posição estratégica.
“Já temos oito grandes grupos interessados em comprar terras para plantar soja no Acre. Queremos que eles se instalem o mais rápido possível. A nossa parte, o governo vai fazer, que é desburocratizar, dar segurança jurídica e garantir a manutenção e trafegabilidade dos ramais. Chegou o tempo da prosperidade para o nosso povo”, afirmou o governador, confiante no seu novo programa de desenvolvimento.
Grupo Amaggi acredita no potencial do Acre
Sediado em Cuiabá, capital do estado de Mato Grosso, o Grupo Amaggi é um gigante conglomerado de empresas. Os ramos de atuação do grupo empresarial vão desde o plantio, processamento e comércio de grãos, até a produção de sementes, reflorestamento, pecuária, venda de fertilizantes, geração de energia elétrica, administração portuária, transporte fluvial e exportação e importação.
Além do Brasil, o grupo atua em outros cinco países da América do Sul e Europa. Em 2016, a receita líquida de vendas do Grupo Amaggi foi de 3 bilhões de dólares, algo em torno de 11 bilhões de reais.
A nova aposta da mega empresa está no Acre. Com as garantias dadas por Gladson Cameli, o interesse de instalação da Amaggi comprova o novo potencial acreano para receber grandes investimentos, e coloca o estado, de uma vez por todas, na rota do agronegócio.
O presidente executivo da Amaggi, Judiney Carvalho, acompanhou a visita do governador acreano à mega fazenda de soja, e confirmou a sondagem feita no Acre.
“Precisamos de um ambiente favorável para negócios e o Acre tem um potencial agrícola imenso, percebemos que o governador está bastante entusiasmado para desenvolver a agricultura no estado. A Amaggi é parceira e queremos estar juntos neste projeto e crescer junto com o Acre”, sinalizou o presidente executivo da Amaggi.
Acre, localização privilegiada para o desenvolvimento
Localizado na tríplice fronteira Brasil, Peru e Bolívia, o Acre está em posição privilegiada. A proximidade com os países andinos é a rota para alcançar um mercado de mais de 44 milhões de consumidores em potencial.
Além disso, com a conclusão da estrada do Pacífico, exportar a produção por meio dos portos peruanos diminui a distância e o tempo em relação os países asiáticos, um dos principais importadores de insumos brasileiros. Enquanto era senador, Gladson Cameli garantiu a liberação para que o Acre exporte carne bovina e de aves para Peru e Bolívia.
A partir de agora, com a implantação da cultura da soja, o estado se coloca novamente em localização estratégica. Toda produção pode ser escoada pelo porto graneleiro de Porto Velho (RO), por meio da hidrovia do rio Madeira.
A força da soja
A maior parte da soja produzida no mundo é destinada basicamente para suprir duas grandes demandas que não param de crescer. A primeira delas é a ração animal.
Com o aumento do consumo de carne, aproximadamente 80% da produção mundial de soja são destinadas para a alimentação bovina, suína e de aves. O grão, que é muito rico em proteínas, nutre e fortalece os animais.
Já outros 18% vão para a produção de óleo de soja, o tipo mais consumido no planeta, e que corresponde a 25% do mercado de óleos vegetais.
Na última década, a área de cultivo de soja mais que dobrou. Os maiores crescimentos foram registrados na América do Sul. Estados Unidos, Brasil e Argentina são os maiores produtores globais. Já a China e os países da Europa são os maiores importadores do grão.
O Brasil é o segundo maior produtor de soja do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. Durante a safra 2017/2018, a produção nacional chegou a 119,3 milhões de toneladas, um recorde. O estado do Mato Grosso é o maior produtor do país.
Fonte: Agência Notícias do Acre