Moinho do Grupo Ocrim se torna tela para o maior museu de arte a céu aberto da Amazônia
Obra contempla o muro de cerca de 4 mil m² do moinho, localizado na região do Complexo Ver-o-Rio, em Belém (PA)
O mês de setembro chegou ao fim com uma enorme novidade em Belém, no Pará. No último dia 24, a região do Complexo Ver-o-Rio inaugurou o Museu de Arte Urbana de Belém (M.A.U.B), o maior museu de arte a céu aberto da Amazônia.
Feito no muro de aproximadamente 4 mil m² do moinho de trigo do Grupo Ocrim, o espaço foi celebrado com um festival de música e gastronomia, com mais de 11 horas de programação gratuita.
“É uma imensa alegria ver que, de certa forma, participamos dessa iniciativa. Cada detalhe dos painéis passa um sentimento, uma percepção, uma história. É gratificante ter tudo isso, somado às diferentes cores e figuras, no muro da nossa fábrica, principalmente considerando sua importância cultural e a ligação da nossa trajetória com a região Norte”, compartilha o Diretor de Marketing do Grupo Ocrim, Ruy Zanardi.
O M.A.U.B contou com 19 dias de produção. As obras foram selecionadas via edital e envolveram o trabalho de 21 artistas de diversos estados do Brasil, sendo doze amazônidas, três nordestinos, quatro sudestinos, um sulista e um artista do Centro-oeste. A presença feminina foi maioria, sendo doze mulheres e nove homens.
O momento de execução e inauguração do projeto foi estratégico, coincidindo com um cenário de aquecimento turístico local, já que a capital paraense foi escolhida como sede da COP-30, o maior evento mundial sobre mudanças climáticas. E o resultado foi positivo, gerando maior visibilidade ao tema e também à Street Art.
“Foi realmente um projeto completo, que conseguiu unir, por meio da arte, a pluralidade cultural do nosso país, a presença feminina, a importância das questões socioambientais e o fomento da Street Art (ou, arte de rua). Temas relevantes e atemporais, que requerem, cada vez mais, movimentos como esse”, conclui Zanardi.