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Governo da Bolivia Denuncia Tentativa de Golpe de Estado

La Paz, Bolívia – 26 de junho de 2024 – Ultima atualização as 19h

Em uma dramática sequência de eventos que abalou o coração da política boliviana, o Palácio Quemado, sede do governo, foi cenário de um assalto militar que levou o presidente Luis Arce a denunciar uma tentativa de golpe de Estado. Ao longo da tarde desta quarta-feira, incidentes significativos ocorreram na praça Murillo e arredores, gerando uma situação de tensão e incerteza no país.

Às 15:49, uma tanqueta militar entrou no Palácio Quemado, marcando o início de uma série de movimentos militares na praça Murillo. Segundo relatos, o general Juan José Zúñiga, comandante geral das Forças Armadas, lidera a operação militar. Imagens divulgadas mostram Zúñiga entrando no Palácio Quemado, intensificando os temores de uma tomada de poder não constitucional.

Desde a Casa Grande do Povo, o presidente Luis Arce, acompanhado pelo seu vice-presidente David Choquehuanca e ministros do seu gabinete, emitiu uma mensagem à nação. “Faremos respeitar a democracia conquistada nas urnas”, afirmou Arce, denunciando o assalto como uma “tentativa de golpe de Estado”. Em seu discurso, o presidente destacou o apoio dos “bons militares” que respeitam a Constituição e a vontade popular, contrapondo-os àqueles que, segundo ele, buscam desestabilizar o governo.

Às 17:12, o presidente Arce procedeu à mudança do comandante geral do Exército, designando José Wilson Sánchez Velázquez como o novo titular. Durante sua posse, Sánchez Velázquez expressou seu compromisso de “cumprir o que diz a norma” e ordenou às tropas nas ruas que retornassem às suas unidades. Esta ação busca restabelecer a ordem e acalmar a situação tensa na capital.

A resposta internacional não demorou. Josep Borrell Fontelles, representante da União Europeia, condenou qualquer tentativa de romper a ordem constitucional na Bolívia e expressou sua solidariedade com o governo de Luis Arce e o povo boliviano. Por outro lado, a Central Operária Boliviana declarou uma greve geral por tempo indeterminado com mobilizações em rejeição ao suposto golpe de Estado.

As cenas de conflito se intensificaram na praça Murillo, com relatos do uso de agentes químicos para dispersar os cidadãos que tentavam entrar na área. A defensora do Povo pediu calma, enquanto em Cochabamba e Santa Cruz as forças militares mantiveram seus prédios fechados, impedindo o acesso da mídia.

O presidente Arce, junto ao seu gabinete, manteve-se em contato constante, reunindo-se através de plataformas virtuais para coordenar ações e respostas diante da crise. A chanceler Celinda Sosa denunciou à comunidade internacional as mobilizações irregulares de algumas unidades do Exército e pediu apoio para manter os valores democráticos na Bolívia.

As 19horas: O general Zúñiga, que lidera o golpe de Estado na Bolívia, retira-se do palácio do governo para a sede de Miraflores, onde afirma que dará uma conferência de imprensa dentro de uma hora para a mídia. Todos os tanques o seguem.

A situação na Bolívia continua volátil e em desenvolvimento, com o governo denunciando uma tentativa de golpe e os militares ocupando posições estratégicas na sede do governo. A população e a comunidade internacional observam com preocupação o desfecho desses eventos que podem marcar um ponto de inflexão na história política do país.

Fonte: El deber

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