Benefícios da coinoculação na cultura do feijoeiro
A coinoculação de bactérias promotoras de crescimento do feijoeiro é uma tecnologia que combina uma prática já bem conhecida dos produtores: reúne a inoculação das sementes de feijão com bactérias fixadoras de nitrogênio (N), conhecidas como rizóbios, com o uso do Azospirillum, uma bactéria que auxiliar na produção de hormônio que atua no desenvolvimento das raízes do feijoeiro.
A importância desse microrganismo se dá pela possibilidade de redução dos custos de produção da lavoura, visto que a bactéria fixadora de nitrogênio permite a substituição do fertilizante nitrogenado o que resulta num incremento de produção de grãos da cultura.
Só como exemplo de benefícios com a coinoculação no feijoeiro, se um agricultor usar duas doses por hectare destas bactérias, trabalhando com todo esmero, investirá em torno de R$ 40,00 pelas doses. Ao pensar num aumento de produtividade de 20% sobre 2.000 kg de grãos, teremos 400 kg a mais de feijão ou 6,7 sacas.
Isto porque, além desse microrganismo ser promotor de crescimento radicular da planta, proporciona uma melhor absorção de nutrientes do solo e redução do uso de fertilizantes potássicos e fósforos favorecendo, ainda, em situações de estresse hídrico, o que dá melhor eficiência de absorção de água da planta.
Por este motivo é considerada uma tecnologia ambientalmente sustentável, altamente rentável para o agricultor e está em plena sintonia com as metas do governo brasileiro, do Plano ABC – Agricultura de Baixa Emissão de Carbono.
Todos estes fatores tornam a coinoculação nitrogenada do feijoeiro com o melhor custo-benefício existente na agricultura brasileira e que foi desenvolvida na parceria da Embrapa com a empresa Total Biotecnologia sendo registrada no Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) para essa finalidade.
Hélio Magalhães (4911 – MTb/MG)
Embrapa Arroz e Feijão