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Crédito escasso e preços em baixa reduzem área plantada de trigo no Brasil

Relatório da StoneX aponta queda de 8% na estimativa da safra 2025/26, com impactos concentrados no Paraná e Rio Grande do Sul

Campinas (SP), 16 de maio de 2025 – O mercado de trigo brasileiro continua enfrentando desafios na produção. Isso é o que mostra a nova revisão de safra da StoneX, referente ao mês de maio, após ajustes na estimativa da área destinada ao cultivo do cereal para a safra 2025/26. O cenário, segundo a projeção atual, indica uma queda mensal de 8% em comparação ao volume previsto no mês anterior, chegando a 2,57 milhões de hectares.

Essa redução impactou de forma significativa os estados do Paraná e Rio Grande do Sul, principais polos produtores de trigo no país. De acordo com o relatório, essas regiões concentraram a maior parte da diminuição da área semeada nesta temporada, devido a um contexto adverso para os produtores.

“Diante dessa conjuntura, presume-se que esse episódio foi marcado por uma combinação de sucessivas frustações com safras anteriores, como a dificuldade no acesso ao crédito rural e a recente desvalorização nos preços do trigo”, explica o consultor em Gerenciamento de Riscos da StoneX, Jonathan Pinheiro.

Esse último fator, segundo o consultor, foi um ponto decisivo para os agricultores que ainda estavam indecisos quanto ao plantio – o que levou muitos a optarem por outras culturas.

Com base nesse movimento, os analistas seguem monitorando possíveis ajustes localizados em determinadas regiões do RS e PR. Porém, tudo indica que, para a maioria das áreas, deve-se confirmar uma retração no cultivo de trigo.

Oferta e demanda. Na atualização de maio, a revisão da StoneX observou um aumento na necessidade de importação de trigo no Brasil. Essa alta na demanda é um reflexo direto da redução projetada na produção nacional, mesmo o país reduzindo o volume destinado à moagem internamente.

Por trás desse cenário, os consultores pressupõem que questões inflacionárias tenham levado à retração no consumo final, um desafio que explica, em parte, a menor demanda por farinha de moinhos.

E o impacto desse cenário de retração reflete também nas exportações. Conforme destaca Pinheiro, a expectativa de uma produção menor tende a limitar a oferta disponível para o mercado externo: “Ainda assim, verifica-se a intenção, por parte de alguns agentes do setor, de manter a área plantada, impulsionada por estímulos ao comércio internacional”.

Como consequência, esse movimento pode contribuir para a sustentação dos volumes exportados na temporada que se aproxima.

Além disso, os estoques finais também refletem os ajustes nas expectativas ao longo do último mês. De acordo com a revisão da StoneX, a previsão é de uma queda próxima de 10% em comparação a projeções realizadas em março. “Apesar disso, os volumes ainda devem superar os estimados para a safra 2024/25”, conclui Pinheiro.

Sobre a StoneX

A StoneX é uma empresa global e centenária de serviços financeiros customizados, com presença em mais de 70 escritórios pelo mundo, conectando mais de 300 mil clientes em 180 países. No Brasil, é especialista em desenvolver estratégias de gestão de riscos para proteger o lucro independente da volatilidade do mercado. Também atua em banco de câmbio, inteligência de mercado, corretagem, mercado de capitais de dívida, fusões e aquisições, investimentos, trading e ESG – consultoria de soluções sustentáveis.

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