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Leite: Ano se inicia com alta nos custos e demanda retraída por lácteos pressiona cotações no campo

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O Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, lança o boletim do leite de fevereiro, que traz informações sobre a Demanda retraída por lácteos pressiona cotações no campo; Com pressão dos canais de distribuição, derivados se desvalorizam em janeiro; Enfraquecimento da demanda freia importações de lácteos em janeiro e Ano se inicia com alta nos custos.

Ano se inicia com alta nos custos
O Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira iniciou 2021 em elevação. Em janeiro, o COE subiu 3,29% na “média Brasil” (BA, GO, MG, PR, RS, SC e SP), bem acima da alta verificada no mesmo mês de 2020, que havia sido de 1,62%.

Assim como observado ao longo do ano passado, o item que mais influenciou o avanço nos custos em janeiro foi o concentrado, que se subiu 4,09%, devido aos aumentos nos preços dos grãos. No caso da soja, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa avançou fortes 10,04% de dezembro/20 para janeiro/21. Quanto ao milho, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa teve expressiva alta de 11,04% na mesma comparação. Os estados que tiveram as maiores elevações nos custos de concentrado foram Minas Gerais (6,93%) e Paraná (3,64%).  Leia mais. 

Demanda retraída por lácteos pressiona cotações no campo
O preço do leite captado em dezembro de 2020 e pago aos produtores em janeiro de 2021 registou queda de 4,3% na “Média Brasil” líquida, chegando a R$ 2,0344/litro. E pesquisas ainda em andamento do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, apontam que a essa tendência de queda deve permanecer nos próximos meses. A expectativa é de que o leite captado em janeiro e pago ao produtor em fevereiro registre recuo médio de cerca de cinco centavos por litro.  Leia mais. 

Com pressão dos canais de distribuição, derivados se desvalorizam em janeiro
No primeiro mês de 2021, a demanda por derivados lácteos no mercado atacadista de São Paulo seguiu enfraquecida, prejudicada pela diminuição do poder de compra do consumidor brasileiro. Além disso, colaboradores do Cepea afirmaram haver pressão do mercado por preços mais atrativos nas negociações. No entanto, os custos envolvidos na captação de leite cru e a valorização dos insumos produtivos impediram pressões de baixas mais intensas. Neste cenário, as negociações de leite longa vida, queijo muçarela e leite em pó (400g) seguiram reduzidas em janeiro/21, com consequente aumento nos estoques. Leia mais.  

Enfraquecimento da demanda freia importações de lácteos em janeiro
As importações de produtos lácteos recuaram 20,5% de dezembro/20 para janeiro/21, somando 17,9 mil toneladas de derivados no primeiro mês deste ano, segundo apontam dados da Secex. Essa diminuição esteve atrelada ao enfraquecimento da demanda interna nesse período, tendo em vista a perda do poder de compra do consumidor brasileiro. Já quando comparado ao volume de janeiro do ano passado, verifica-se forte alta de 63,7% nas compras externas de produtos lácteos.  Leia mais. 

O BOLETIM DO LEITE DE FEVEREIRO ESTÁ DISPONÍVEL NO SITE!

Fonte: https://cepea.esalq.usp.br/br

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