EmbrapaEventosNotícias

Conheça os finalistas da 5º edição do Concurso de Merendeiras de Alagoas – Notícias

Provando que a merenda escolar, além de ser saudável e valorizar a agricultura familiar também pode ser “gourmet”, oito municípios alagoanos foram selecionados para participar da última etapa da 5ª edição do Concurso de Merendeiras de Alagoas, ação coordenada pelo Sebrae Alagoas em parceria com a Embrapa Alimentos e Territórios e o Senac/AL. A grande final será no dia 21 de outubro, no Centro de Gastronomia do Senac, em Maceió.

O concurso de merendeiras é uma ação conectada com a atividade Vivência para Alimentação Escolar, projeto que capacitou merendeiras de de três municípios alagoanos (Piranhas, Delmiro Gouveia e Canindé) e também foi aberto às 21 cidades que participaram do concurso.

“Nossa ideia foi levar conhecimento atualizado para gestores públicos, merendeiras, nutricionistas, agricultores familiares, estudantes, mostrando todo o potencial de transformar a alimentação escolar em algo saudável, nutritivo e factível. O concurso de merendeiras mostrou que é possível ter uma alimentação escolar mais saudável, com pratos saborosos, nutritivos e feitos com o que vem da terra, respeitando as tradições e valorizando a cultura local”, afirma Priscila Bassinello, pesquisadora da Embrapa Alimentos e Territórios.

Criado em 2019, o concurso tem como objetivo eleger, divulgar e premiar receitas culinárias elaboradas por nutricionistas e merendeiras da alimentação escolar, que atuam em escolas públicas de educação básica em municípios alagoanos, divididos em quatro regiões: Agreste, Sertão, Tabuleiros do Sul e Região Metropolitana de Maceió.

“Antes víamos crianças comendo arroz com sardinha, e alguns eram filhos de agricultores familiares. Não tinha muita diversidade. Então vemos o concurso como uma oportunidade das merendeiras e nutricionistas dos municípios alagoanos mostrarem que a rotina das escolas também pode ter muita criatividade e, principalmente, utilizarem os insumos produzidos no município”, afirma Tina Purcell, Gerente de Gastronomia e Turismo do Senac/AL.

Os finalistas foram escolhidos após três etapas. Na primeira, de caráter eliminatório, os municípios inscreveram suas receitas, que deveriam obrigatoriamente conter ingredientes fornecidos pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). As 21 receitas escolhidas seguiram para a etapa municipal, na qual foram preparadas pelas merendeiras e avaliadas por um júri técnico e popular.

A nutricionista Anna Carla Luna (foto abaixo), representante do Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA/AL) e consultora credenciada do Sebrae, destaca que todas as receitas deveriam informar se os ingredientes vinham da agricultura familiar e biodiversidade local, e que os preparos deveriam ter como base alimentos in natura ou minimamente processados, respeitando as necessidades nutricionais, hábitos e cultura alimentar da região.

As receitas escolhidas também atendiam a critérios como sustentabilidade, sazonalidade e diversificação agrícola da região, que ajudam a promover uma alimentação adequada e saudável, além de precisarem ser replicáveis dentro do contexto escolar. “É preciso valorizar a cultura alimentar de cada região e povo, por isso os preparos que vimos têm características diferentes que vão do sertão ao litoral. Quando falamos em segurança alimentar e nutricional, não estamos falando apenas de nutrientes, mas da identidade de um povo relacionada à cultura alimentar”, destaca Anna Lunna.

Na semifinal regional, um júri técnico escolheu as duas melhores receitas de cada região, dentro dos critérios sabor, criatividade (inovação e originalidade), aparência e textura, que seguem agora a grande final estadual que vai eleger as três receitas vencedoras do concurso, dentre oito concorrentes. A merendeira ou merendeiro que ficar em primeiro lugar receberá R$5 mil, o segundo colocado receberá R$2,5 mil e o terceiro, R$1 mil. O profissional de nutrição responsável pelo prato vencedor também receberá R$5 mil. Como forma de incentivo, todos os 21 classificados na etapa municipal receberão R$500.

“O nosso principal ingrediente é o amor. Quando vamos cozinhar para os nossos alunos, fazemos com todo amor e carinho, como se fosse para os nossos filhos. E como é gratificante quando os nossos pequenos chegam à cozinha com os olhinhos brilhando e dizem: tia, o que é o lanche hoje? Aahh… eu vou repetir, viu?. Isso nos contagia por completo”, relatam as merendeiras Kattyucia e Graciene, de Limoeiro de Anadia.

Conheça os municípios selecionados para a grande final

AGRESTE  – A etapa do Agreste aconteceu no dia 19 de setembro (manhã), no Senac unidade Arapiraca. Foram classificados:

Limoeiro de Anadia – Frango xadrez ao molho de laranja  (foto ao lado) (merendeira Kattyucia Torres Silva)
Batalha – Abóbora à moda sertaneja (merendeira Samara de Melo Tenório)

SERTÃO – A etapa do Sertão aconteceu no dia 19 de setembro (tarde), no Senac unidade Arapiraca. Foram classificados:

Piranhas – Moqueca de frango com farofa de banana (merendeira Maria Aparecida Aquino)
Santana do Ipanema – Arroz cremoso do Sertão (merendeira Maria Zelma Leite dos Santos)

TABULEIROS DO SUL – A etapa municipal da região Tabuleiros do Sul aconteceu no dia 20 de setembro, no Senac unidade Arapiraca. Foram classificados:

Penedo – Costelinha Quilombola (merendeira Ana Cristina da Silva)
Junqueiro – Panqueca de couve com recheio de frango ao molho de cenoura e beterraba e vinagrete de feijão verde (merendeira Aline da Silva Santos)

REGIÃO METROPOLITANA DE MACEIÓ – A etapa da região metropolitana de Maceió aconteceu no dia 21 de setembro, na cozinha experimental do Centro de Gastronomia do Senac, em Maceió. Foram classificados:

Maceió – Peixe com crosta de castanhas ao molho de abóbora e azeite de coentro (foto abaixo) (merendeira Maria Cícera de Melo Silva)
Marechal Deodoro – Filé de tilápia com purê de macaxeira e geléia de goiaba (merendeira Clédna Maria de Oliveira Leite)

O jurado Aluísio Goulart, gastrônomo e analista na Embrapa Alimentos e Territórios, destacou a importância de apoiar e valorizar também o produtor local, responsável pelo fornecimento dos ingredientes que vão para a alimentação escolar. “É preciso aproximar as merendeiras da agricultura familiar para que o público beneficiário, que são os estudantes, conheça os alimentos que são produzidos em seus territórios”.

Fonte: Irene Santana (MTb 11.354/DF)
Embrapa Alimentos e Territórios

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *